sexta-feira, 20 de agosto de 2010

20 Des(A)gosto de 2010

“Foram montanhas? Foram mares?
Foram os números...? – Não sei.
Por muitas coisas singulares (...)”

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by Cecília Meireles
in Canção A Caminho Do Céu
(excerto)
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Sem despedidas na partida.
Sem cumprimentos à chegada.
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Como fui,
assim voltei...
with no fuss.
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Quem foi que disse? : “Saíres daqui, por uns dias, vai fazer-te bem.”
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[Sair, SIM, faz muito bem!] [ às vezes...]
[Pior é o regresso!...]
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[Eu bem sabia! que
um dia viria em que uma RECAÍDA & um qualquer FRAQUEJAR chegariam
para me atormentar. Esta casca-de-noz por si mesma feita fragata, feita falua...]
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Tanto Tejo para navegar!...
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Tanta pergunta para perguntar!...
– Valerá, mesmo a pena?...
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Tanta dúvida a angustiar!...
– Até quando resistirei?...
– Até onde reduzirei?...
– Por quanto tempo o conseguirei?...
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Tudo, em nós, está ligado... duma maneira ou de outra.
Como elos numa corrente, o falhanço de uma argola compromete
a robustez solidária do conjunto.
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Algo falhou nestes últimos dias.
A minha ‘corrente’ não é assim tão resistente...
A vontade não foi o bastante. Muito há, em mim, enfermo de reforço, carente de substituição, faltado de reparação. Falto eu na minha vida; falta-me VIDA em mim.
E tempo!... e tempo...
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Na última consulta com a Ψcóloga, dizia-me a Dra S que os medicamentos não são poções mágicas. Que os meus, até então, resultados positivos só foram possíveis por mor das minhas determinação e ganas...
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[Soube muito bem ouvi-lo,
embora suspeite que a Dra o tenha dito apenas por recear que eu desanimasse... que não gozasse de suficientes ‘aplausos’ e/ou incentivos... Soube bem, quand même.]
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[Mas, ter-mas-ão perdido no aeroporto?
Como posso reclamar?
Fazem-me falta. Muita.]
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Sair, SIM, faz muito bem!...
(Às vezes...)
Pior é o regresso!...
(Regressar, SIM, faz muito mal!...)
(Quase sempre...)
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O regresso àquilo que Está-Cada-Vez-Mais-Sempre-Na-Mesma, depois de uns dias de higienização, é golpe duro.
É balde-de-água-fria.
Faz-me reflectir sobre as vantagens de “sair-daqui-por-uns-dias”.
Pudera eu sair daqui por todos os dias!...
Pudesse eu passar a limpo este bosquejo esborratado que são o meu ontem, hoje, meu amanhã; o meu (d)aqui e meu de lá.
O donde-vim que aqui me trouxe... e trazendo, me traz agrilhetado.
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FRAQUEJEI.
FRACASSEI.
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Tenho, agora, à perna o RECOMEÇAR.
A partir de uma estaca que nem sei bem qual...
Mas é inequívoco o TRAMBOLHÃO!
MERDA!
PORRA!
CAGALHÃO!
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RECOMEÇAREI.
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Na ânsia de dar despacho a tudo (ou àquilo que me fosse possível) antes de viajar, acabei rasgando e deitando para o Papelão o Registo do meu Consumo do mês de Julho. Dei por isso ainda em Lisboa, mas demasiado tarde!
Fiquei danado quando dei pela ESTUPIDEZ!
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[Eu tenho obrigação de saber (e até sei...) que PRESSAS originam ACTOS IMPENSADOS – logo: ASNEIRA(S)!]
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Enquanto estive ausente, acabei não conseguindo disponibilidade para registar todos os valores de consumo.
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SEI, contudo, QUE ME ESPALHEI ao COMPRIDO!

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