quarta-feira, 21 de julho de 2010

21 JULHO 2010

Meu, Dia-a-Dia
( melhor dizendo: Meu-Tem-Dias! ),
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tenho estado alheio, eu sei.
Não, não te esqueci!
Não, não te troquei por outro, nem pelo outro, que tb não é actualizado dès le 14 Juillet!
Tampouco desisti. De ti ou desta batalha que, por vezes, sinto ser comigo mesmo...
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Estive, apenas, um pouco mais preocupado e ocupado do que o costume... e um tantinho desmotivado. Foi só.
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Aqui estou. Voltei.
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Hoje foi dia de Consulta de Psicologia, em Santa Marta, mas disso falo (escrevo) mais logo.
Como tenho feito gazeta, prefiro contar as coisas com a coerência Cronos:
Antes de Hoje ouve um Ontem...
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(Isso já tu sabes, eu sei! Que queres?, deu-me para o lado La Paliceano do raciocínio!...)
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... e ontem foi, tb, dia de consulta...
Esta, contudo, não agendada... Foi uma urgência.
Com esta furiosa troca de cigarros por 'Xiquelétes', para além das dores nas dobradiças das mandíbulas, começou a doer-me o ouvido esquerdo.
Como não pareceu querer passar, liguei para a Médica de Família.
Que: "Sim, sim estou a ver."; que: "Venha, venha... até à uma."
E lá abalei.
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Uma de três coisas podia ser o motivo das dores... ou... o conjunto de duas delas... ou ainda... as três juntas,
na minha perspectiva.
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Primeira coisa que podia ser motivo:
DURMO DE JANELA ABERTA e POR BAIXO DELA;
Segunda coisa:
O MASCAR CONSTANTE E INTENSO DE 'Xiquelétes' PODIA TER PROVOCADO UMA INFLAMAÇÃO ALGURES;
Terceira coisa possível:
O EXERCÍCIO DESALMADO DE MASCAR TODO O DIA TER-ME-IA FEITO SOLTAR UMA PORÇÃO DE CERÚMEN, O QUE PODERIA ESTAR FAZENDO PRESSÃO ALGURES NO OUVIDO.
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Pois bem: nem cerúmen nem inflamação. "Otite, não tem.", disse-me a Dra. Susana (a minha Dra está de férias...), "Agora, se me diz que mastiga muito e muitas pastilhas... isso pode fazer a articulação do maxilar pressionar algo, por aí...", continuou.
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"Por que não tenta trocar as pastilhas por rebuçados?... mas escolha-os sem açúcar.", inquiriu, aconselhando-me.
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E por que não troco as pastilhas por rebuçados?, pergunto-me eu.
PORQUE NÃO GOSTO, ASSIM TANTO, DE REBUÇADOS!!!
E porque DURAM MUITO MENOS TEMPO!...
Não RENDEM...
respondo-me eu!
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Seja lá como for, terei que seguir a sugestão ou encontrar uma outra qualquer. Desde que não tenha açúcar e desde que não me obrigue a mascar.
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A minha vida EXIGE, SEMPRE, TANTO DE MIM!!!!
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[O pior de tudo isto: das privações, dos controlos, das reaprendizagens, enfim destes pequenos/grandes SACRIFÍCIOS/EXIGÊNCIAS a somar ao resto da complicação e complexidade das vidas própria... O pior de tudo isto, dizia, é eu saber que, até, sou capaz de suportá-los... Mas, ai, o que isso me custa! É uma vida inteira de renúncias e moínhas. Por isso sei que sei sofrer. Só NÃO ME APETECIA ter de SUPORTAR mais NADA QUE NÃO FOSSE ALEGRIA E SUAVIDADES até ao fim dos fins.]
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Também não é uma ópera!
Eu não quero que o seja.
Eu não vou deixar que!
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Se é para trocar pastilhas por rebuçados, pois que se troque! CUMPRA-SE!
Eu até cheguei, criança ainda, a beber leite com nata (o que, normalmente me dava vómitos...), e a mastigar e engolir os 'nervos' dos bifes...
SOBREVIVI!
... pois se já sobrevivi a coisas piores...
A PROVA é que ainda aqui estou... e nada mal para a idade!...
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Este episódio acaba com uma receita de um medicamento muito conhecido. "Mas apenas se as dores piorarem... ", advertiu-me, "Olhe que é um S.O.S!", certificou-se da boa compreensão da mensagem.
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Hoje tentei não mascar... mas não pude evitar. Por um lado, a medicação que estou tomando faz-me seca a boca. Era esperado. Faz parte dos efeitos secundários.
Por outro lado, hoje acordei muito tarde (a medicação dá-me uma 'pedrada'!...) e perdi um pouco a noção do tempo... não dei pelas horas passarem.
Daqui resulta que, quando vi as horas, estava atrasadíssimo para a consulta com a Psi!
Tentei avisar a Dra S que iria chegar mais tarde - mas que estava a caminho! - mas tive de deixar recado.
Daqui até lá chegar foram alguns minutos de alguma tensão... Detesto chegar atrasado, aonde quer que seja. Detesto não poder controlar coisas tais como a demora do Bus.
Fumei 1 cigarro na 1ª paragem. Assim que olhei o painel e vi que se previa que o meu autocarro demoraria 15 MINUTOS a chegar... não me contive... embora não fosse hora, fumei um cigarro.
Quando, por fim e após o 2º autocarro, cheguei à paragem que me convinha, fumei outro. Pelo caminho, fui fumando e correndo. (Eu sei que faz mui bem à saúde!...)
Se bem me lembro ("onde é que eu já ouvi isto?")(não é nenhum trocadilho à custa do saudoso Vitorino Nemésio... saiu assim... foi só.)
Se bem me lembro, escrevia, estaria a fumar o meu 4º cigarro da jornada. (Na pior, seria o 5º... confesso que, embora os tenha contado em frente à Psi (de mote próprio!), não consigo sentir-me seguro quanto ao número que oscila, certamente, entre 4 ou 5.)
Toda a correria: do autocarro até ao Hospital; no Hospital, o subir as escadas 2 a 2 (Juro que não tenho paciência para esperar elevadores, quando estou com pressa!), fez-me chegar ao gabinete com a boca sequíssima. Mal conseguia articular as palavras.
A Dra S sugeriu-me que me fosse refrescar ao WC. Agradeci e assim fiz. Bebi água. Voltei ao gabinete e, por fim, sentei-me.
Muito pouco tempo depois, de novo com a boca seca, acabei por retirar uma 'Xiqueléte', só uma! e mastiguei-a muito suavezinho... e com os incisivos. Quase não movia os maxilares... e deste modo pude conversar sem a dificuldade da secura.
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Falámos coisas interessantes.
A minha reacção à anterior consulta com a Pneumologista - aquela postagem na qual praguejei a vermelho... - foi um assuntos que abordámos.
Falámos de mais coisas... que... não consigo recordar, agora... Amanhã quero fazer o exercício de rappel. (É importante, para mim.)
Contudo, lembro que, quando disse que entrei nessa outra consulta cheio de expectativas e entusiasmo "como as crianças, quando querem agradar e surpreender a Professora com um TPC irrepreensível...", usei esta frase, a Dra S remata, "Como nós somos", "Sim, de facto sou um pouco criança", reavaliei.
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É engraçado!, pareceu-me, pelo modo como o disse, pela expressão do seu rosto, que havia uma espécie de ternura pela minha atitude naïf...
(do género: "Que fofo!")
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Mas,
o(s) ponto(s) central(ais) da nossa conversa foi(foram):
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"Por que razão acha o Pedro que este processo de desabituação lhe está a parecer muito fácil e rápido?"
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"Porque acha que vai chegar um dia de volte-face, em que, julga, haverá um retrocesso?"
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"Será que está a aplicar o mesmo modelo pelo qual já passou, anteriormente, noutras situações?"
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Questões assaz interessantes!
Conversa interessante.
Diálogo! Não só eu a falar... há feedback do outro lado.
Muito mais eficaz.
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Eu abordei a questão do QUERER DEIXAR DE FUMAR e o QUERER, NÃO QUERO, MAS RACIONALMENTE DEVO DEIXAR DE FUMAR.
Este ponto, que me parece importante, tenho de o trabalhar na cabecinha. Tenho de ter muito bem definido, em mim, aquilo que quero e POR QUE O QUERO.
QUERO PORQUE QUERO?
ou
QUERO PORQUE DEVO?
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Já se fez tarde. Vou.

2 comentários:

  1. também não sei "se queres porque queres ou se queres porque deves"... mas sei que deves! e por isso deves querer!
    e deves pensando em tudo de bom que daí advém e de como te libertas de tanta coisa que não presta. tipo limpeza de verão!
    beijos

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  2. BINGO correcto!:

    !!!!!!!DEVO QUERER!!!!!!!

    (seja lá por que razão)

    E como anseio libertar-me!... Essa limpeza de Verão...

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