terça-feira, 22 de junho de 2010

A Bordo

Smoke Art by MEHEMET OZGUR
.
(...)
por mares nunca de antes navegados
passarei ainda além da Taprobana,
em perigos e guerras esforçado,
mais do que me prometia a força humana
(...)
-
by L V de Camões, in Lusíadas - Canto I
[adaptado para a 1ª pessoa e acrescentada uma palavra (me) que não consta do Original]

2 comentários:

  1. não imaginava que existisse smoke art...
    mas a imagem é linda e o poema "supé" adequado.
    achas que ele (Camões) também fumava? Coitado! agora já consigo compreender: ele precisou de muito mais que prometia a força humana... pois claro, na época não devia haver nem pensos, nem pastilhas... talvez nem sequer houvesse as ditas consultas de desabituação tabágica! Coitado!...

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  2. De tudo e com tudo se cria art(s), nowadays. É de facto um trabalho espectacular.
    Quanto ao nosso mui querido Luizinho, pouco mais sei para além de ser "um Poeta Português que via mais de um olho do que nós vemos...".
    Sei que o Tabaco foi introduzido na Europa por nós, Portugueses, aquando das Descobertas... contudo, não sei se durante os poucos anos que viveu Camões terá conhecido tal exotismo. Mas ainda que tenha fumegado não seria, seguramente, um 'agarrado' - caso contrário, no célebre episódio do naufrágio, teria salvo das águas folhas de tabaco ou invés de ter salvo as folhas manuscritas de "Os Lusíadas".
    E digo isto, porque quando eu me vi, nas Berlengas - há 20 e tal anos - encurralado pelas águas da maré que encheu de repente e pelos rochedos que derrepente não se moviam, providencieie salvar a cigarreira em prejuízo da máquina fotográfica. É em momentos deste tipo que tomamos consciência do lugar que ocupam as nossas coisas na tabela de prioridades. Por vezes nem nos reconhecemos nos actos/escolhas que tomamos por instinto, mais que por raciocínio (não há tempo para pensar... é mesmo o subconsciente que actua).
    Prefiro imaginar o Poeta dependente dos Amores Gentis que lhe partiam e/ou de Cativas que o mantinham cativo... que dependente desta coisa sem rima mem métrica nem poética que é a nicotina.
    Aliás: para ele bastava Amor somente...

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